Foi no domingo 10/11/2024
Rua Maestro Cardim, 60
Esse domingo foi dia de celebrar a cultura e a ocupação do espaço público junto à Cultura Circular. Foi uma delícia chegar cedinho na Vila Itororó e ver muitas pessoas trabalhando em prol de um evento comum. O motivo? Ativar um espaço cultural, proporcionar tempo e lugar para sentar, conversar, rir, ouvir música, comer comidinhas gostosas e conhecer os artistas que fazem trabalhos manuais.
Vi pessoas de todas as idades, ouvi o chorinho de longe (Duo Conversa Brasileira).
O show estava bonito, pessoas sentadas próximas ao palco, ouvindo o trabalho dessa dupla. Vale muito ouvir o album deles no Spotify. Lá da minha barraca ouvi o burburinho das pessoas, observei o seu vai e vem. Algumas pessoas celebravam o espaço: "Venho aqui sempre que tem algum evento, pegar um docinho.", "Ah, eu venho na Vila Itororo desde de sempre. Foi muito bom quando abriram esse espaco! Aqui tem oficina, é muito bom".
Também vi gente sentada na cadeira escrevendo em caderninhos, esperando a hora de participar da oficina de cerâmica. As oficinas foram oferecidas por Paula Perrier (M.U.Y) e Sarah Peres (Latin Gueixa Cerâmicas). Me senti muito feliz de fazer parte de um evento que ativa o espaço publico oferecendo um lugar gratuíto para que as pessoas possam frequentar, encontrar e criar!
Os caderninhos Ateliê Urucum estavam lá junto a objetos e produtos cosméticos naturais. Neste encontro aprendi que preciso fazer cadernos diversos, oferecer cadernos com estruturas e tamanhos variados. Cada pessoa está em busca de um tipo de caderno específico para o seu momento. E as feiras são lugares perfeitos para tocar, manusear e decidir qual caderno faz seu coração palpitar. A boa notícia é que os caderninhos do Ateliê Urucum podem responder a essa demanda com facilidade.
Conforme eu produzir os novos modelos, vou postando aqui no blog. Quero compartilhar uma espécie de memória da história de cada modelo e algumas dicas sobre como fazer esses caderninhos. Aprendi a arte da encadernação acompanhando artistas, participando de workshops e lendo livros, então, nada mais justo do que passar o conhecimento para frente.
Amo fazer cadernos, e tem muitas estruturas de encadernacão com costura exposta interessantes! Vejo o caderno com um objeto artistico - suas folhas, formato, corte, abertura, linha, tamanho, forma, dão vida ao objeto-livro. As folhas de um caderno abrem espaço para que as pessoas possa expressar suas idéias, registrar memórias e conhecimentos, escrever histórias, poemas, fazer listas de afazeres, entrar em contato com suas emoções ou realizar desenhos, registros, colagens. As possibilidades são infinitas.
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A partir das minhas últimas conversas tenho notado que cada pessoa interage com seus cadernos de uma forma distinta:
Tem gente que precisa de um caderno grande para poder escrever bastante!
Outras, de um caderno pequeno para não se sentirem sobrecarregadas com os seus desejos criativos - para poderem fazer algo que caiba no seu dia a dia. Uma colagem ou um desenho por dia.
Tem aqueles que querem levar um caderno leve para todo o canto
E outros que precisam de papéis pontilhados.
(Amo papéis sem pauta e pontilhados! Diga-se de passagem.)
E assim, finalizo este post imaginando como as pessoas dão vida aos seus cadernos? Como ocupam as suas folhas? Seria legal receber fotos de lugares e momentos em que os cadernos te acompanham. Também seria incrível ouvir seu depoimento! <3
Muito obrigada Cultura Circular e Vila Itororó por este domingo delicioso, repleto de esperança e amor pelas belezas arquitetônicas que fazem parte da nossa cidade!
Gratidão.
referências
Oficinas de Ceramica e artistas:
Paula Perrier - Oficina de Cerâmica MUY
Sarah Peres - Lantingueixa